quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O destino une e separa as pessoas

mas nenhuma força é tão grande
para fazer esquecer pessoas
que por algum motivo
um dia nos fizeram felizes.
Chega um momento na vida em que você sabe
quem é importante para você, quem nunca foi,
quem não é mais e
quem o será sempre.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O Sábio

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo,no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
E o sábio bem depressa, perguntou também:
- E onde estão os seus?
- Os meus? Surpreendeu-se o turista. Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também...concluiu.
" A vida na Terra é somente uma passagem...No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e esquecem de ser felizes." 
(autor desconhecido)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pensamento....

“Se quiseres conhecer uma pessoa, não lhe
perguntes o que pensa, mas sim o que ama”. 
           Santo Agostinho (Bispo de Hipona), Bispo de Hipona, AFR, 354-430

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Não deixes a tua felicidade em mãos alheias.

Nunca digas que não podes ser alegre porque não te tratam
bem; que não podes ter paz porque não te dão
liberdade;
que não podes ter ânimo porque não compreendem
os teus problemas; que não podes ser operoso
porque não te dão os meios de agir.

Os outros não são os donos da tua felicidade.
 
A felicidade é obra tua, pois tudo está
sujeito ao teu exame e aceitação.
És tu mesmo que a crias ao pensar e agir.

Faze-te feliz.

Usa as ferramentas da alegria, da paz e do progresso que
estão em tuas próprias mãos, e toma as rédeas
 
da tua felicidade.
A felicidade de amanhã está nas tuas mãos, hoje.

Lourival Lopes
Extraído de "Sempre Alegre".
 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Fugidinha - Michel Teló


O Oooooooooo O Oooooooo
Tô bem na parada
Ninguém consegue entender
Chego na balada
Todos param pra me ver
Tudo dando certo
Mas eu tô esperto
Não posso botar tudo a perder
Sempre tem aquela
Pessoa especial
Que fica na dela
Sabe seu potencial
E mexe comigo
Isso é um perigo
Logo agora que eu fiquei legal
Tô morrendo de vontade de te agarrar
Não sei quanto tempo mais vou suportar
Mas pra gente se encontrar
Ninguém pode saber
já pensei e sei o que devo fazer
O jeito é dar uma fugidinha com você
O jeito é dar uma fugida com você
Se você quer
Saber o que vai acontecer
Primeiro a gente foge
Depois a gente vê.
O Ooooooo O Oooooooo
Tô bem na parada
Ninguém consegue entender
Chego na balada
Todos param pra me ver
Tudo dando certo
Mas eu tô esperto
Não posso botar tudo a perder
Sempre tem aquela
Pessoa especial
Que fica na dela
Sabe seu potencial
E mexe comigo
Isso é um perigo
Logo agora que eu fiquei legal
Tô morrendo de vontade de te agarrar
Não sei quanto tempo mais vou suportar
Mas pra gente se encontrar
Ninguém pode saber
já pensei e sei o que devo fazer
O jeito é dar uma fugidinha com você
O jeito é dar uma fugida com você
Se você quer
Saber o que vai acontecer
Primeiro a gente foge
Depois a gente vê.
oooooooooooooooooooooooooooooo foge comigo oooooooooooooooooooo Foge comigo

A Minha Gratidão É Uma Pessoa - Nando Reis


Depois de pensar um pouco
Ela viu que não havia mais motivo e nem razão
E pode perdoá-lo
É fácil culpar os outros
Mas a vida não precisa de juizes
A questão é sermos razoáveis
E por isso voltou
Porque sempre o amou
Mesmo levando a dor
Daquela mágoa
Mas segurando a sua mão
Sentiu sorrir seu coração
E amou como nunca havia amado
Mas como começar de novo
Se a ferida que sangrou
Acostumou a me sentir prejudicado
É só você lavar o rosto
E deixar que a água suja
Leve longe do seu corpo
O infeliz passado
E por isso voltou
Pra quem sempre amou
Mesmo levando a dor
E aquela mágoa
Mas segurando a sua mão
Sentiu sorrir seu coração
E amou como nunca havia amado
E viveram felizes... para sempre
E eles estavam livre da perfeição que só fazia estragos

domingo, 19 de setembro de 2010

As Cinco Linguagens Do Amor


Cada ser humano nasce com uma forma de identificar, dar e receber amor. 
A isso chamaremos "linguagem" e às diferentes formas de expressá-la de "dialetos".
Tentar expressar amor em sua própria linguagem à alguém que possui outra é o mesmo que fazer uma declaração em hebraico pra alguém que só fala alemão!
O primeiro passo é identificar qual a sua linguagem, e em seguida qual a do seu cônjuge.Com isso será possível tanto expressar amor de forma que a pessoa se sinta amada como também levar seu cônjuge à percepção de qual é a linguagem que faz com que você receba de forma efetiva sua expressão de amor. 
As cinco linguagens são: 

Palavras de Afirmação: são sentenças expressas em: elogios como "a janta estava ótima", afirmações, (ex:acho que você faz isso muito bem), e incentivos como "vai dar tudo certo";
Qualidade de Tempo:é a dedicação de um tempo exclusivo, ainda que pequeno. As expressões ou dialetos podem ser: conversas de qualidade, passeios, assistirem tv juntos, etc;
Presentes: o que menos importa é o valor financeiro. Pode ser: colher uma flor, comprar uma pizza, dar uma jóia.
Gestos de Serviços: aqui o que você faz fala mais alto do que qualquer palavra.
Dialetos: lavar a louça, consertar a fechadura, levar o lixo pra fora, etc;
Toque Físico: o importante é saber quando, como e onde tocar a pessoa.Ex: beijos, abraços, cutucão com o cotovelo, por a mão no ombro, relações sexuais, etc;
Todos têm uma linguagem principal, e ainda que você diga "eu te amo" nas outras quatro linguagens seu cônjuge continuará sentindo apenas sua indiferença.
O importante é usar a linguagem correta constantemente e se aperfeiçoar em conhecer dia a dia todas as formas, ou, dialetos pelos quais sua expressão é entendida da forma mais efetiva. 

Experimente: o amor é incrível e os resultados ainda mais!...

AMOR É PROSA, SEXO É POESIA - Arnaldo Jabor

Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:
- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.
- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.
- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...
Uma delas (solteira e lírica) me diz:
- Sexo e amor são a mesma coisa...
A outra (casada e prática) retruca:
- Não são a mesma coisa não...
Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.

Crônica do Amor - Arnaldo Jabor




Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

sábado, 18 de setembro de 2010

Promessas de Casamento

Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre. "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.

Martha Medeiros


A DOR QUE DÓI MAIS



Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Martha Medeiros

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Duas bolas, por favor - Danuza Leão

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa,
contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.


Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.

E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...


Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.


Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.


OK?
Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago  .




"O Homem, que é o erro em procura da verdade, não traça a divisória entre a verdade e o erro."
(Anônimo)

 " O encontro com o amigo acontece...
a qualquer momento.
E quando você o encontra, tem a nítida impressão
que ele estava justamente a tua espera."

" Quando um jovem descobre a arte de chorar como um adulto
e de sorrir como uma criança, ele nunca mais envelhece."




terça-feira, 14 de setembro de 2010

Amizade

Os amigos são abençoadas flores da fraternidade.
Alguns são discretos e exalam seu perfume nas horas caladas das noites sofridas.
Outros, mais extrovertidos, deixam escapar o perfume das suas presenças nas horas das alegrias e da descontração, nas tardes cheias de sol.
Uns nos estendem as mãos e nos enxugam as lágrimas. Outros nos ofertam os ombros fortes para que nos apoiemos, a fim de não sucumbir na caminhada.
Amigos. Presença de Deus materializada na Terra, bálsamo de paz que nos alivia as feridas abertas dos sentimentos dilacerados pelas dificuldades.
( Marco Prisco )

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Abraço

Tem Abraços de todo jeito, todo tamanho, e que significam tantas coisas...
Tem o abraço que diz : "Sou muito feliz porque tenho a sua amizade"
E tem abraços que querem dizer : "Eu tenho muito orgulho de você".
Tem abraços especiais para dizer: "Não existe no mundo ninguém como você".
Tem abraços ternos, abraços com carinho, Para expressar os sentimentos tristes.  
Abraços que murmuram "Sinto muito", quando alguém precisa de um amigo.
Tem abraços para todas as ocasiões.
Todos com as suas razões.
Tem abraço manso, abraço de urso, abraço grande e aquele ABRAÇÃO.
Mas o melhor ABRAÇO é um que diz "Eu estou sempre pensando em você."
E tem o tipo especial que você vai receber
Este abraço que diz "EU AMO VOCÊ !"
(http://mensagensepoemas.uol.com.br/carinho/abraco/o-que-dizem-os-abracos.html)

sábado, 11 de setembro de 2010


O Olhar é uma linguagem forte
Um olhar pode transmitir ternura, carinho, desejo, paixão, amor...como também pode transmitir sentimentos não muito agradáveis como raiva, ódio, ira.
Um olhar tem o poder de transmitir essas energias como se fossem palavras emitidas mas um olhar com certeza diz muito mais que as próprias palavras.
Um olhar expressa o que está no íntimo de cada ser.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O sorriso é silencioso como chuva mansa que cai e fertiliza a terra ou como brisa suave que acaricia e refresca o rosto ele desvenda delicadamente o interior de quem sorri.
O poder do sorriso é grande, o sorriso pode dar início a uma grande amizade ou um grande amor...Antoine de Saint-Exupéry diz: “No momento em que sorrimos para alguém, descobrimo-lo como pessoa, e a resposta do seu sorriso quer dizer que nós também somos pessoa para ele”.
O sorriso traduz, geralmente, um estado de alma; é um convite a entrar na intimidade de alguém, a participar do que lhe vai no íntimo. O sorriso se resume na Harmonia Interior.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um beijo (do latim basium) é o toque dos lábios com qualquer coisa, normalmente uma pessoa. Na cultura ocidental é considerado um gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como cumprimento ou despedida. O beijo nos lábios de outra pessoa é um símbolo de afeição romântica ou de desejo sexual - neste último caso, o beijo pode ser também noutras partes do corpo, ou ainda o chamado beijo de língua em que as pessoas que se beijam mantêm a boca aberta enquanto trocam carícias com as línguas.
Ai eu pergunto: Beijo Bom tem que ter mão Boba?
Como diria um querido amigo meu:
-" Beijo bom tem que ter mão boba, braço bobo, perna boba. Um beijão daqueles tem que ser dado com o corpo todo." 

Ai resolvi colocar no Blog ... porque achei a frase muito interessante...Se bem que a idéia de colocar no Blog partiu dele e eu adorei...

 
 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O sorriso é muito útil.

Apara divergências, extingue discórdias, faz nascer
oportunidades,fortalece amizades, coopera na
hora do bem, modifica o rumo dos negócios,
dá consolo, esperança e paz.

Assim é que, se te encontras entre o fazer e o não fazer, o teu
sorriso de confiança te indica a melhor opção, se "armações"
estão contra ti, o ateu sorriso de amor derruba as articulações
do mal; se estás em ambiente de "gelo", como numa sala de
espera, o teu sorriso é senha que dá acesso à conversação;
se te envolves em incidente desagradável, o teu sorriso de
compreensão modifica o ânimo geral.

Sorrir é fundamental.

Um sorriso sincero atrai o bem e afasta o mal.

Lourival Lopes
Extraído de "Sempre Alegre".

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Não olhes para trás.
Agradece a Deus pelo teu passado,
seja qual for, mas olha para a frente.
Quem se prende ao que passou embaraça os
passos, atrasa-se, ao invés de avançar.
Se te sobrevier o desejo de parar, de estacionar,
afasta-o e predispõe-te a agir, a fazer melhor,
a ser pessoa mais ativa e feliz.
Nas horas de maior dificuldade, resiste ao
desalento,
enxerga uma luz no alto e arranca de dentro
de ti a força para prosseguir.
Sê como o alpinista que tudo enfrenta
para chegar ao topo da montanha.
Nada temas. Deus te protege.
Ajuda a ti mesmo e prossegue em marcha.
A felicidade cintila à tua frente,
 
mas te pede colaboração.

Lourival Lopes
Extraído de "Sempre Alegre".

quarta-feira, 1 de setembro de 2010


A mentira descoberta
O Dr. Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do Instituto M.K. Gandhi para a Vida Sem Violência, em sua palestra de 9 de junho, na Universidade de Porto Rico, compartilhou a seguinte história como exemplo da vida sem violência exemplificada por seus pais:
"Eu tinha 16 anos e estava vivendo com meus pais no instituto que meu avô havia fundado, a 18 milhas da cidade de Durban, na África do Sul, em meio a plantações de cana de açúcar.
Estávamos bem no interior do país e não tínhamos vizinhos. Assim, sempre nos entusiasmava, às duas irmãs e a mim, poder ir à cidade visitar amigos ou ir ao cinema.
Certo dia, meu pai me pediu que o levasse à cidade para assistir a uma conferência que duraria o dia inteiro, e eu me apressei de imediato diante da oportunidade.
Como iria à cidade, minha mãe deu-me uma lista de coisas do supermercado, as quais necessitava, e como iria passar todo o dia na cidade, meu pai me pediu que me encarregasse de algumas tarefas pendentes, como levar o carro à oficina.
Quando me despedi de meu pai, ele me disse: 'Nós nos veremos neste local às 5 horas da tarde e retornaremos à casa juntos.'
Após, muito rapidamente, completar todas as tarefas, fui ao cinema mais próximo. Estava tão concentrado no filme, um filme duplo de John Wayne, que me esqueci do tempo. Eram 5:30 horas da tarde, quando me lembrei.
Corri à oficina, peguei o carro e corri até onde meu pai estava me esperando. Já eram quase 6 horas da tarde.
Ele me perguntou com ansiedade: 'Por que chegaste tarde?' Eu me sentia mal com o fato e não lhe podia dizer que estava assistindo um filme de John Wayne. Então, eu lhe disse que o carro não estava pronto e que tive que esperar... isto eu disse sem saber que meu pai já havia ligado para a oficina.
Quando ele se deu conta de que eu havia mentido, disse-me: 'Algo não anda bem, na maneira pela qual te tenho educado, que não te tem proporcionado confiança em dizer-me a verdade.
Vou refletir sobre o que fiz de errado contigo. Vou caminhar as 18 milhas à casa e pensar sobre isto.'
Assim, vestido com seu traje e seus sapatos elegantes, começou a caminhar até a casa, por caminhos que nem estavam asfaltados nem iluminados. Não podia deixá-lo só. Assim, dirigi por 5 horas e meia atrás dele... vendo meu pai sofrer a agonia de uma mentira estúpida que eu havia dito.
Decidi, desde aquele momento, que nunca mais iria mentir.
Muitas vezes me recordo desse episódio e penso.. Se ele me tivesse castigado do modo que castigamos nossos filhos... teria eu aprendido a lição?... Não acredito...
Se tivesse sofrido o castigo, continuaria fazendo o mesmo...
Mas, tal ação de não-violência foi tão forte que a tenho impressa na memória como se fosse ontem...
Este é o poder da vida sem violência.
(Sérgio Barros)