sábado, 30 de outubro de 2010

Casamento

João Batista Armani
O ser humano é uma criatura sociável que necessita do convívio com outros seres para desenvolver-se e por em prática os ensinamentos adquiridos numa permuta constante de experiências, e isso é feito em sociedade. A sociedade como a conhecemos é composta de várias outras sociedades menores que são as famílias. Uma sociedade sadia só existe com famílias sadias. E as famílias principiam no casamento.
O resultado natural do amor entre pessoas de sexos diferentes é o casamento, quando se tem por meta o relacionamento sexual e afetivo, geradores da família e do companheirismo.
No princípio da relação afetiva o amor-paixão é muito forte suplantando os demais. À medida que o tempo passa, vai perdendo a sua força embora permaneça. É quando surge então o amor-companheirismo, aquele amor que se alegra com a alegria do outro, que fica feliz com a felicidade do outro, onde nos sentimos bem em privar da sua presença, é quando fazemos o bem sem esperarmos retribuição. No futuro, restará apenas o amor-companheirismo que se chamará então Amor Universal.
O casamento representa um alto estágio de evolução do ser, quando se reveste de respeito e consideração pelo cônjuge, firmando-se na fidelidade e nos compromissos da camaradagem, independente do tempo de duração deste casamento.
Para o espiritismo o casamento se concretiza pelo compromisso moral dos cônjuges e é assumido perante o altar da consciência no Templo do Universo. Naturalmente, o casamento civil é um dever a ser cumprido pelos espíritas, porque legitima a união perante as leis vigentes, que asseguram ao homem e à mulher direitos e deveres.
Casar é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos cônjuges.
Allan Kardec já compreendia que a família era um importante reduto para o aprimoramento dos seres, pois reúne ali o ambiente propício para o aconchego, refúgio, ensinamentos básicos para a vida e tantos outros... Questiona então o Espírito da Verdade na pergunta 697 em o Livro dos Espíritos: “Está na lei da Natureza, ou somente na lei humana, a indissolubilidade absoluta do casamento? É uma lei humana muito contrária à da Natureza. Mas os homens podem modificar suas leis; só as da Natureza são imutáveis.”
Poder-se-ia dizer então que o espiritismo não é contrário às separações, mas avançando nas pesquisas, em o ESE Cap. 22, item 3, Jesus disse “Não separeis os homens na terra o que Deus uniu nos céus”. A primeira vista parece que uma afirmativa é contrária a outra.
Deus une os seres na sua forma mais pura, ou seja pelo sentimento - de coração para coração - a esta união ninguém deve interferir, por ciúmes ou inveja. Quando vemos um casal feliz, desejamos para nós aquela felicidade, e isso é natural. Então para conseguir isso, acreditamos que necessitamos nos relacionar com aquela pessoa. Assim desejamos para nosso cônjuge uma daquelas pessoas. A harmonia existe porque aquelas almas se completam, qualquer uma delas com outra pessoa, a harmonia já não seria a mesma, e a felicidade teria uma intensidade menor. Precisamos entender que para termos a felicidade semelhante a outro casal, não é necessário destruirmos a união do casal, mas tão somente atingir o mesmo nível de harmonização.
Àquele casal que já não acalenta mais sentimentos um pelo outro, manter este convívio em casos extremos, pode acarretar males maiores, a separação verdadeira já ocorreu em seus sentimentos, a separação de corpos não será mais que uma oficialização para a sociedade.
Na visão Espírita o Casamento pode ser entendido conforme qualificação a seguir:
Casual – Primeiro encontro de duas criaturas. Dessa espécie de casamento tem o casal conseguido levar uma satisfatória relação conjugal. Outros casais não se adaptando e não suportando as desavenças, separam-se. Sem dúvida em próxima vida terrena, reencontram-se para uma reconciliação.
Provatório - Reencontro de espíritos de diferentes graus de adiantamento espiritual, que no passado desentenderam-se, por isso, voltam a encarnar para superar as provas a que forem submetidos, e progredirem.
Expiatório - Em vidas anteriores marido e mulher erraram muito. Reencarnam em novo lar, para corrigir os erros co­metidos. E um casamento de resgate.
Sacrificial - União de um espírito um tanto evoluído com outro menos evoluído com o fim de auxiliá-lo a progredir.
Afins - Espíritos evoluídos com sentimentos elevados, que se amam verdadeiramente. Corações afetuosos, juntos com objetivos supremos para, aliados adiantarem-se espiritualmente.
Não sabemos em qual categoria nos achamos, mas não existe o acaso, ninguém se acha sob o mesmo teto por mera casualidade.
Deus permite, nas famílias, encarnações de espíritos antipáticos ou estranhos com o duplo fim de servir de prova a uns e de avanço aos outros. Os bons tem campo de trabalho. Os maus se melhoram pouco a pouco com os cuidados que recebem; seu caráter se modifica, os hábitos se melhoram, as antipatias desaparecem.
Enquanto, marido e mulher não forem “curados” moralmente, as discórdias conjugais reinarão soberanas, os espíritos trevosos facilmente atuarão com perversidade, separando casais, prejudicando os filhos já desorientados e mal educados.
Há a propósito, a história daquele fazendeiro que dizia viver um casamento muito feliz, opinião que certamente não era compartilhada por sua esposa, porquanto ele era um impenitente e truculento machista. Dizia ele é tudo uma questão de começar bem:
Quando casamos, após a festança, montei no meu cavalo, botei minha mulher na garupa e partimos em lua-de-mel faceiros.
Em dado momento o animal tropeçou e eu disse: - Primeira vez.
Continuamos. Mais algumas centenas de metros e o cavalo voltou a tropeçar.
Segunda vez - disse eu.
Pouco depois, o mesmo problema.
Terceira vez.
Ato contínuo, desmontei juntamente com minha mulher, passei a mão na espingarda e dei um tiro na cabeça do animal, matando-o.
Ela ficou perplexa. O que é isso?! Matar o pobre cavalo, apenas porque tropeçou três vezes! Você é um desalmado, um criminoso!...
Enquanto ela extravasava sua indignação eu a olhava muito sério, no fundo de seus olhos. Então, falei forte:
Primeira vez! E nunca mais tivemos problemas com discussões.
O Espiritismo tem uma grande contribuição em favor da estabilidade matrimonial, mostrando-nos que, a par dos imperativos da Natureza, defrontamo-nos, no casamento, com o desafio da convivência, que faz parte de nosso aprendizado como espíritos eternos.
Além da eliminação das “arestas” produzidas pela nossa própria inferioridade, a vida em família é, também, um ponto de referência que nos ajuda a manter o contato com a realidade. As pessoas de nosso convívio apontam nossas falhas, ajudando-nos a corrigirmos os desvios de conduta.
Só o amor-paixão, o amor-impulso sexual, é instantâneo. O amor de verdade, o amor-sentimento, é um projeto para a vida toda, e para vingar e frutificar, pede empenho diligente de duas pessoas que podem ter algumas afinidades mas, essencialmente, são diferentes, em múltiplos aspectos - biológico, psicológico, cultural, intelectual, emocional, etc.
Os cônjuges, em sua grande parte, não percebem que na associação conjugal, uma alma não se funde a outra; assim, permanecerá cada qual com seus gostos e seus desgostos, caminho afora.
Casar quer dizer adaptar-se ou ajustar-se. Casar é ter os mesmos ideais, as mesmas preocupações, os mesmos sentimentos e as mesmas aspirações.
Se não há esse entendimento e a convivência vai mal os cônjuges responsáveis, que pensam nos filhos, concordam que é preciso tentar salvar o casamento. Recorrem, então, à religião, aos psicólogos, aos amigos, aos conselheiros matrimoniais.
É preciso praticar a caridade no lar para salvar o casamento. A meditação, a oração em conjunto, a procura do bem em toda parte, auxiliarão a paz no lar. Poderíamos defini-la como uma ginástica diária, onde os principais exercícios são: perdão, tolerância, atenção, respeito e renúncia.
O perdão é o treino da compreensão. Se procurarmos compreender o familiar, sem o vinagre da crítica, identificaremos em seus momentos menos felizes a simples exteriorização de conflitos íntimos em que se debate, e não nos magoaremos.
A tolerância é o treino da aceitação. Cada ser humano está numa faixa de evolução. Não podemos exigir mais do que tem para dar. E ninguém é intrinsecamente mau. E preciso lembrar ainda, que as pessoas tendem a comportar-se da maneira como as vemos. Estar sempre apontando defeitos é a melhor maneira de fazê-los crescer. Identificar pequenas virtudes é uma forma de desenvolvê-las.
A atenção é o treino do diálogo. Quando os componentes de uma família perdem o gosto pela conversa, a afetividade logo deixa o lar. É preciso saber ouvir, dar atenção ao que dizem os familiares e, principalmente, reconhecer que nos momentos de divergência eles podem estar com a razão.
O respeito é o treino da educação. É grande o número de lares onde as pessoas discutem, brigam, xingam-se e até se agridem, gerando uma atmosfera psíquica irrespirável que torna todos nervosos e infelizes. O problema é falta de auto-educação, a disciplina das emoções, reconhecendo que sem respeito pelos outros caímos na agressividade.
A renúncia é o treino da doação. Há algo de fundamental para nós, sem o que nossa alma definha. Chama-se amor! Quantos lares estariam ajustados e felizes; quantas separações jamais seriam cogitadas, se num relacionamento familiar, pais e filhos, marido e mulher, irmãos e irmãs transmitissem carinho com mais freqüência, àqueles que habitam sob o mesmo teto: “Sabe, eu gosto de você!” Há muitas maneiras de dizer isso: um bilhete singelo, a lembrança de uma data, o elogio sincero, o reconhecimento de um benefício, a saudação alegre, a brincadeira amiga, o prato mais caprichado, o diálogo fraterno, o toque carinhoso... Tudo isso diz, na eloqüência do gesto, que gostamos do familiar. Não há nada mais importante em favor da harmonia doméstica. Para tanto é preciso que aprendamos a renunciar. Renunciar à imposição agressiva de nossos desejos; renunciar às reclamações e cobranças ácidas; renunciar às críticas ferinas; renunciar ao mutismo e a cara amarrada quando nos contrariam... Renunciar, enfim, a nós mesmos, vendo naqueles aos quais a sabedoria divina colocou em nosso caminho a gloriosa oportunidade de trabalhar com Deus na edificação dos corações, e recebermos em nosso lar o salário da paz.
Com semelhantes exercícios em torno da caridade descobriremos no lar afinidades novas, motivações renovadas, afetos insuspeitados, a garantirem uma vida familiar saudável e feliz.
O lar é o laboratório de experiências nobres em busca de avanços morais e espirituais, onde os seres se depuram em preparo para realizações mais elevadas nos Domínios do Criador. Treinamos na família menor habilitando-nos para o serviço à família maior que constituí a Humanidade inteira.
Emmanuel nos diz: A felicidade existe sim, porém, para usufruí-la no Outro Mundo, precisamos aqui na Terra admitir “que ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade alheia no caminho que avança”.
São José
05/05/2002
fonte: http://www.portaldoespirito.com.br/portal/palestras/diversos/casamento.html

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Valorização da sua Vida


Antes do sol se por,
 antes da noite derramar a sua ausência de luz,
 antes mesmo de você começar a reclamar do trânsito,
 da ausência de alguém, do desemprego ou da dor,
 entre no silêncio da sua alma e reflita:

Será que você realmente valoriza a vida que tem?

Será que tudo o que você dispõem, e com certeza não te satisfaz,
 é o motivo verdadeiro para tamanha insatisfação,
 para o mau-humor que fere os que estão a sua volta.
 Será que essa tua "sinceridade exagerada", não é desamor?
 Será que os teus comentários não são reflexos amargos,
 da "amargura" que te seca por dentro?

Não desperdice o seu talento em coisas fúteis,
 não se prenda a tela do computador sem envolvimento,
 não se envolva com um "perfil", nem se compare com ninguém.
 Cuide da sua aparência, mas não despreze o emocional,
 envolva-se com o bem e dele faça o seu "escudo".

Quem se preocupa com o próximo, se aproxima de Deus.
 Anda envolvido pelos anjos, carrega mel nos gestos,
 o falar é doce, o olhar pura magia.

Os que andam com o bem se reconhecem,
 e quando encontram o mal, não esmorecem.
 Não julgam, não fazem rodinhas, trabalham.

A luz, seja ela uma pequena chama,
 sempre faz o escuro parecer menos perverso,
 leva um alento, uma esperança de dias melhores.

Reflita.
 É tempo de esquecer um pouco o "eu",
 para ser mais "todos".

Estamos num barco imenso chamado "Vida",
 e não dá para deixar os remos nas mãos de poucos.
 Pegue o seu e comece a remar.

O seu destino é o amor!
 E, a sua vida só se completará,
 quando aprender a dividir para somar
 deixar de ser um, para servir e amar.

 Paulo Roberto Gaefke

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Aprimore-se.
Às vezes, um detalhe malfeito numa obra chama a nossa
atenção, estragando-a ou diminuindo-lhe a utilidade.
O mesmo se dá com relação ao caráter.
Um aspecto defeituoso ou um mau costume pode afastar as
amizades, o bom emprego ou arruinar a saúde.
Pense antes de agir.
Dê tempo ao tempo.
Você pode melhorar-se sempre.
A perfeição já está dentro de você.
Busque e achará.
O prédio se sustenta melhor quando não
há defeito em nenhuma de suas colunas.

Lourival Lopes

 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ENTRE ESCOLHAS

 
Entre os erros descobri acertos,
entre o desânimo encontrei forças,
entre destruição vi paredes aproveitáveis,
entre ruas perdidas, encontrei saídas,
entre a miséria eu vi esperança,
e no meio do caos, uma direção.

Quando o céu escureceu e a noite caiu,
a solidão me fez companhia,
e no meio do silêncio da noite perdida,
eu conversei com o vazio, e chorei,
e entre as lágrimas eu vi um riso,
e entre rir ou chorar,
preferi a gargalhada seca de quem espera,
e agora faço o meu caminho sem medo.

Entre o meu sonho e a realização; um fio,
uma tênue linha que nos separa,
um esforço a mais que eu tenho que realizar,
e entre o ficar e o ir, eu vou,
entre o amar ou o ficar, eu amo,
entre o mar e rio, eu navego,
entre o doce e o amargo, eu me lambuzo.

E se tenho tanta confiança,
é porque no fundo no fundo,
vive em mim uma criança,
que neste momento sorri, e diz sim para vida,
porque sabe perdoar e recomeçar,sempre...
Liberte a criança que mora em você,
antes que ela envelheça e se esqueça,
de que amar vale a pena, sempre!

(Paulo Roberto Gaefke)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Como agir com os outros?
Às vezes é difícil saber o que fazer, porque os
pensamentos se embaralham: não se sabe
o que convém e o que não convém,
o certo e o errado.
Isso acontece com todos.
Então, urgente lembrar o que Jesus ensinou:
não fazer aos outros o que não se quer para si.
Se o que você deseja à outra pessoa não desejaria
para si, esse pensamento é inaceitável.
Siga a norma cristã.
Como Deus sempre está entre você e os outros,
o que você faz aos outros toca a Deus.

Lourival Lopes
•..• →Tє αmo αgorαTє αmo depoisTє αmo quαηdo ficαTє αmo quαηdo forTє αmo quαηdo choverTє αmo quαηdo fizer solTє αmo αquiTє αmo láTє αmo em todo lugαrTє αmo quαηdo vc estiver αo meu lαdoTє αmo quαηdo vc disser αdeusTє αmo o diα todoTє αmo todos os diαsTє αmo ηos meus soηhosTє αmo ηos momeηtos mαis felizesTє αmo ηos momeηtos mαis tristeTє αmo ηos momeηtos mαis dificeisTє αmo αo sorrirTє αmo αo chorαrTє αmo de seguηdα α seguηdα feirαTє αmo INTENSAMENTETє αmo de um jeito simplesTє αmo de um jeito complicαdoTє αmo de um jeito diferenteTє αmo ηαs melhores e piores fαsesTє αmo quαηdo estou com vcTє αmo quαηdo ηαo estou com vcTє αmo αo ouvir αquelα musicαTє αmo αo ouvir todαs αs outrαsTє αmo no verãoTє αmo no inverηoTє αmo quαηdo tudo mudarTє αmo quαηdo vc errαTє αmo quαηdo vc chorαrTє αmo quαηdo vc sorrirTє αmo com todα α forçαTє αmo prα todo sempre •..•

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

" INSUBISTITUÍVEL "

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível" .
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim.
-E Beethoven ?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio.....

O funcionário fala então:
- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal, as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc...
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.
Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências' .
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo , se Picasso era instável , Caymmi preguiçoso , Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico ...
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente/coordenador , ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/ técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados . . . apenas peças.
Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:... . Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!

"No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso...".

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

“O sorriso é repouso para o fatigado, incentivo para o desanimado, alegria para o triste e o melhor antídoto da natureza para o mau humor”. 
(Anônimo)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Angel - Sarah Mclachlan

 

Angel

Spend all your time waiting
For that second chance
For a break that would make it okay
There's always some reason
To feel not good enough
And it's hard at the end of the day
I need some distraction
Oh beautiful release
Memories seep from my veins
Let me be empty
Oh and weightless and maybe
I'll find some peace tonight

In the arms of the angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you feel
You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You're in the arms of the angel
Maybe you find some comfort here

So tired of the straight line
And everywhere you turn
There's vultures and thieves at your back
And the storm keeps on twisting
You keep on building the lies
That you make up for all that you lack
It don't make no difference
Escaping one last time
It's easier to believe in this sweet madness oh
This glorious sadness that brings me to my knees

In the arms of the angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you feel
You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You're in the arms of the angel
Maybe you find some comfort here
You're in the arms of the angel
Maybe you find some comfort here

Anjo

Gaste todo seu tempo esperando
Por aquela segunda chance,
Por uma mudança que resolveria tudo
Sempre há um motivo
Para não se sentir bom o bastante,
E é difícil no fim do dia.
Eu preciso de alguma distração.
Oh, perfeita liberação
A lembrança vaza de minhas veias...
Deixe-me vazia
E sem peso e talvez
Eu encontrarei alguma paz esta noite.

Nos braços de um anjo,
Voe para longe daqui,
Deste escuro e frio quarto de hotel
E da imensidão que você teme.
Você é arrancado das ruínas
De seu devaneio silencioso.
Você está nos braços de um anjo,
Talvez você encontre algum conforto aqui

Tão cansado de seguir em frente,
E para todo lugar que você se vira
Existem abutres e ladrões nas suas costas,
E a tempestade continua se retorcendo.
Você continua construindo a mentira
Que você inventa para tudo que lhe falta
Não faz nenhuma diferença
Escapar uma última vez.
É mais fácil acreditar nesta doce loucura, oh
Esta gloriosa tristeza que me faz ajoelhar.

Nos braços de um anjo,
Voe para longe daqui,
Deste escuro e frio quarto de hotel
E da imensidão que você teme.
Você é arrancado das ruínas
De seu devaneio silencioso.
Você está nos braços de um anjo,
Talvez você encontre algum conforto aqui
Você está nos braços de um anjo.
Talvez você encontre algum conforto aqui

Carvão Ana Carolina


Surgiu como um clarão
Um raio me cortando a escuridão
E veio me puxando pela mão
Por onde não imaginei seguir
Me fez sentir tão bem, como ninguém
E eu fui me enganando sem sentir
E fui abrindo portas sem sair
Sonhando às cegas, sem dormir
Não sei quem é você

O amor em seu carvão
Foi me queimando em brasa no colchão
E me partiu em tantas pelo chão
Me colocou diante de um leão
O amor me consumiu, depois sumiu
E eu até perguntei, mas ninguém viu
E fui fechando o rosto sem sentir
E mesmo atenta, sem me distrair
Não sei quem é você

No espelho da ilusão
Se retocou pra outra traição
Tentou abrir as flores do perdão
Mas bati minha raiva no portão
E não mais me procure sem razão
Me deixe aqui e solta a minha mão
E fui fechando o tempo, sem chover
Fui fechando os meus olhos, pra esquecer
Quem é você?

O AMOR - Carlos Drummond de Andrade

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção. Pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e neste momento houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante e os olhos encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente divino: o amor.
Se um dia tiver que pedir perdão um ao outro por algum motivo e em troca receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.
Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.
Se você conseguir em pensamento sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado... se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite... se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...
Se você tiver a certeza que vai ver a pessoa envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela... se você preferir morrer antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. É uma dádiva.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
É o livre-arbítrio. Por isso preste atenção nos sinais, não deixe que as loucuras do dia a dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor
Somos todos iguais. 
Nenhuma pessoa, mesmo no maior cargo do mundo, é maior do que você. 
A mesma natureza e as mesmas leis físicas, mentais e espirituais regulam a existência de todos.  Nenhuma diferença.
Não se sinta diminuído.
Deus sabe porque você está nesta ou naquela posição.  
O que acontece a você também pode acontecer aos outros. 
Nenhuma condição é mais importante do que a de Filho de Deus.

Lourival Lopes
Extraído de "Sementes de felicidade".

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Amor Platônico - Legião Urbana


Eu sou apenas alguém
Ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível
Que a admira a distância
Sem a menor esperança
De um dia tornar-me visível

E você?
Você é o motivo
Do meu amanhecer
E a minha angústia
Ao anoitecer

Você é o brinquedo caro
E eu a criança pobre
O menino solitário que quer ter o que não pode
Dono de um amor sublime
Mas culpado por querê-la
Como quem a olha na vitrine
Mas jamais poderá tê-la

Eu sei de todas as suas tristezas
E alegrias
Mas você nada sabes
Nem da minha fraqueza
Nem da minha covardia
Nem sequer que eu existo
E como um filme banal
Entre o figurante e a atriz principal
Meu papel era irrelevante
Para contracenar
No final
No final
No final

Amor Platônico


O amor platônico é o mais incompreendido de todos os conceitos de Platão. As pessoas, que em sua maioria não conhecem a obra de Platão, pensam que amor platônico significa amor ascético ou assexuado. Isso não é verdade. Em O Banquete, Platão apresenta o amor sexual como um ato natural, mas com raízes infinitamente mais profundas.

No pensamento de Platão existe um princípio cósmico sobre o amor?
Sim, para Platão o amor é um princípio cósmico. Ele afirmou que o amor é uma escada com sete degraus, que vão do amor por uma pessoa até o amor pelas realidades superiores do universo. Todo o livro O Banquete, sua mais importante obra sobre esse assunto, é dedicado ao amor em seus diversos aspectos. Ele diz que, mesmo que eu me apaixone por uma pessoa, atraído por qualidades, fixar-me exclusivamente nessa pessoa é permanecer no primeiro degrau de uma escada que possui muitos outros.
O passo inicial nessa escada, para a maioria das pessoas, ocorre através do amor físico. Platão diz que o ser humano busca a imortalidade através da pessoa amada, por meio da procriação. Entretanto, fixar-se nesse primeiro degrau é permanecer parado, em comparação a tudo o que uma pessoa pode vir a ser.
Isso não quer dizer que Platão negue o corpo ou o amor físico. Ele apenas afirma que, se eu deixar de ampliar esse relacionamento e não subir até os outros seis degraus, irei permanecer estagnado. Os passos seguintes serão um desdobramento natural da condição humana.

Aonde mais o amor pode levar? Como ele pode crescer até dimensões maiores?
O diálogo completo de O Banquete é a resposta de Platão a essa pergunta. No livro, diversas figuras da sociedade ateniense estão reunidas discutindo a natureza, o sentido e as implicações do amor. Elas fazem várias descrições de amor, todas unilaterais, embora não falsas, até chegar a vez de Sócrates. Uma das pessoas disse que o amor nos faz adotar atitudes nobres para sermos merecedores do amado. Outra afirmou que o amor é uma espécie de frenesi e loucura, e outros, como Aristófanes, classificaram-no como a busca da nossa outra metade.
Você poderia perguntar como é que a nossa "outra metade" se extravia. Segundo Platão, Aristófanes disse que todas as pessoas têm corpos duplos e dupla face. Haveria três tipos de humanos no mundo. Na figura homem/homem, o corpo todo era formado por figuras masculinas. Um outro tipo seria composto por elementos femininos, e por último haveria o masculino/feminino.

Seria um ser andrógino?
Sim, uma figura andrógina, com uma metade feminina e outra masculina. Trata-se, na verdade, de uma fábula, um mito encantador, destinado a revelar um ponto muito profundo. Segundo Aristófanes, esses seres duplos cometeram transgressões contra os deuses; como castigo, foram divididos ao meio. Sob essa perspectiva, o amor é literalmente a busca da outra metade.
Essa fábula tem implicações muito abrangentes em termos da metafísica e da ética de Platão. É um outro modo de afirmar que não somos seres completos, e que os movimentos do amor são uma busca de complemento.

Platão diz que o amor "é uma loucura que é dádiva divina, fonte das principais bênçãos concedidas ao homem."
Exatamente. Ele tem uma visão muito exaltada do amor entre os sexos e, na verdade, não quer que subestimemos o seu alcance e significado. Acho que ele emprega o termo loucura para se referir ao primeiro degrau, porque, sob a influência da paixão física, perdemos de vista perspectivas e prioridades. A alma anseia tanto pelo contato com a outra pessoa que perde o juízo.
Quando você está apaixonado, é como se o universo estivesse concentrado na outra pessoa. Isso não é necessariamente falso. Platão diz que, em certo sentido, o universo realmente está nessa pessoa. Você só precisa transformar essa dimensão e ver não apenas a pessoa, mas o universo nela.

Mas, no primeiro nível da escada, esse seria apenas um tipo de amor com motivação pura ou incluiria também uma relação amorosa normal, com suas doses de motivação egoísta?
Essa é uma pergunta vital para compreender a ótica de Platão sobre o amor. Tudo o que ele disse em O Banquete - ao amar uma pessoa você está amando o universo e vice-versa - relaciona-se ao amor genuíno, sem egoísmo. Ele jamais apóia o relacionamento físico apenas como meio de obter prazer.

Seria correto dizer que, para Platão, o relacionamento sexual significa mais que um impulso instintivo, porque poderia colocar a pessoa na senda do amor autotranscendente?
Sim, mas com a ressalva que você acabou de levantar: desde que seja uma paixão genuína, carinhosa e abnegada. Em todos os diálogos de Platão, o uso do outro simplesmente para uma gratificação egoísta se dissocia dessa senda; é uma cilada, um perigo, não é amor e não levará a lugar algum.
O amor platônico é tão amplo e universal que, embora comece como amor pela forma bela, termina como o amor pela própria beleza, um princípio eterno do universo. Você é levado, de um modo muito natural, a perceber que todas as formas belas são dignas de amor, se torna sensível a todas elas. Platão emprega constantemente o termo beleza; a beleza das idéias toma-se tão ou mais real que a beleza física.

Ao universalizar o conceito de beleza manifestada na forma, Platão a vincula ao amor?
Amor e beleza estão ligados. Você vê beleza quando está amando. À medida que progride, você sente por todas as formas belas a espécie de exaltação que experimentou quando se apaixonou pela primeira vez. Quando permite que o amor o leve para a frente, você sai do particular em direção ao múltiplo.
Em seguida, você vê que a beleza da mente é mais maravilhosa que a beleza da forma. Platão afirma que você se apaixona pela qualidade da mente de uma pessoa mesmo que sua forma física não seja tão graciosa. Essa é uma progressão do concreto para o imaterial, sob a influência e inspiração do amor.

Esse é o passo número dois?
Não. O passo número dois é amar todas as formas físicas belas. O terceiro passo é amar a beleza da mente, independente da forma física à qual ela está associada.

E qual é o passo seguinte?
O quarto passo da escada do amor é a ética - o amor pelas práticas belas. Envolve integridade, justiça, bondade, consideração - características que também contêm beleza e impelem ao amor. É um passo mais abrangente e universal. Ele conduz ao degrau número cinco, que é o amor pelas instituições belas.
Esse quinto estágio diz respeito ao modo como a sociedade funciona quando suas instituições estão em equilíbrio e harmonia. Trata-se de amor pelo governo, pela cultura e por tudo que a obra A Republica cita como exemplo de instituições belas. O bem comum é o interesse primordial, não o bem do indivíduo, do núcleo familiar ou mesmo da pequena comunidade.
Desse ponto, a alma ascende para o sexto degrau da escada do amor. Ele é uma curva gigantesca para o alto, em direção ao universal e ao abstrato. A isso Platão chama "ciência", ou seja, conhecimento e compreensão. No sexto passo você se apaixona pela ciência, que articula não só as leis que governam o indivíduo, a família e a sociedade, mas algo que transcende o meio local. A beleza da ciência é universal, como o Teorema de Pitágoras.

Ou como a biologia da Terra?
Exatamente. E como o universo de Einstein, que inclui o cosmo inteiro. A ciência apresenta beleza, harmonia e ordem. Você pode se apaixonar por isso tão profundamente quanto por um homem ou por uma mulher. Os grandes cientistas como Einstein, Kepler, Galileu e Newton afirmaram que, ao articularem as leis do universo, estavam estudando a lógica, a ordem e a beleza da mente de Deus.
Giordano Bruno, filósofo e cosmólogo executado pela Inquisição em l600, preferiu ser queimado na fogueira a negar seu insight científico de um universo infinito e interligado. Ele manifestou uma paixão tão profunda pelas leis do universo que defendeu sua visão assim como um homem defenderia a mulher amada de uma agressão. Preferiu a morte à negação desse amor. Isso é amor verdadeiro.

E o sétimo degrau?
Sócrates fala sobre ele em O Banquete. Você sabe que algo importante está para ser dito quando ele começa a falar, alegando que aprendeu tudo com uma sacerdotisa sagrada chamada Diotima. Nesse ponto, Platão prepara a audiência para esperar algo importante e profundo, e não nos desaponta.
Diotima afirma existirem os mistérios menores e maiores do amor. Os mistérios menores são os quatro primeiros degraus. Mas, ao explicar como ascendemos na escada, ela se detém; há uma espécie de momento solene no discurso. Ela diz a Sócrates: "Esforça-te, por favor, por estar o mais atento possível".
Sempre que um personagem de Platão diz isso, você sabe que ele vai articular um ensinamento esotérico. É um momento cercado de grande solenidade, onde o autor chama a atenção para algo importante.
Os mistérios maiores do amor (os degraus cinco, seis e sete) evoluem na direção da visão universal. Diotima afirma que, entre os passos seis e sete, passamos quase imperceptivelmente do mundano para as realidades superiores do universo. Platão emprega a palavra subitamente. Depois de passarmos por todos os degraus, ocorre, no sétimo passo, uma diferença de gradação; subitamente você vê não a manifestação da beleza, mas a beleza em si. Esse é o ponto alto dos sagrados mistérios. O amor se expressa como a manifestação eterna da beleza em si. Você se apaixona pela essência que torna belas todas as coisas.
Segundo o discurso de Diotima, em O Banquete, "apenas em tal comunhão, mirando a beleza com os olhos da mente, o homem será capaz de suscitar não projeções de beleza, mas realidades (pois ele entronizou não uma imagem, mas uma realidade), produzindo e nutrindo a verdadeira virtude para tornar-se o amigo de Deus, um ser imortal".

Isso soa como um contato visionário com uma realidade ou verdade suprema.
É uma espécie de visão. É como ver o sol na alegoria da caverna, em A República. Depois de viver de costas para o sol e ver apenas sombras na parede, subitamente você vê a luz! É uma fusão com a forma amada, a integralidade; é uma espécie de imortalidade.
O amor mundano e físico é o início da busca da totalidade. O final é a visão do que está por trás do universo, do que o faz girar. Portanto, no sétimo degrau da escada do amor, apaixonar-se é unir-se à origem do ser. É uma espécie de doutrina mística do amor, e esse é o amor platônico. Trata-se de um ponto de vista comovente e inspirador, que transcende enormemente a idéia de ficar de mãos dadas com alguém.

Platão diria que o amor está no centro da vida universal?
Sim. Em O Fedro, ele utiliza uma outra metáfora para mostrar essa mesma idéia de amor, oscilando entre o mortal e o imortal, entre o específico e o universal, entre o concreto e o abstrato. Nessa obra, os amantes são impelidos a buscar regiões mais elevadas, formas mais puras de amor. Por isso, criam asas. As asas permitem que eles voem até a borda do universo, onde eles vêem as formas eternas, ou seja, a essência das coisas temporais.
Em seguida Platão expõe outra metáfora: a da carruagem puxada por dois cavalos, um branco e outro negro. O garanhão negro representa o amor egoísta, quando uma pessoa usa a outra para a autogratificação. Uma pessoa comandada pelo cavalo negro clama pela satisfação imediata dos seus desejos, sempre orientada pelo egoísmo. Se esse garanhão sombrio governa, ele perturba o equilíbrio da manada. Esse tipo de amor não conduz ao amor universal.
São afirmações como essas que revelam a tendência ascética de Platão. Ele adverte contra o tipo de amor excessivo, desequilibrado e autocentrado. Isso não é amor, em absoluto; é apenas amor-próprio. Mas se a pessoa ama verdadeiramente, o cavalo branco ajuda a governar, de forma que todo o grupo - o cavalo branco, o cavalo negro e o cocheiro - possa ascender em direção à "borda do céu" e visualizar as verdades eternas. O cavalo branco fornece equilíbrio com seu bom senso, integridade, altruísmo e interesse pelo outro.

O cavalo negro seria um símbolo dos sentidos físicos, enquanto o branco seria aquilo que está além dos sentidos?
Essa é a idéia, em termos gerais.

E o condutor do grupo? O que ele simboliza?
Ele representa a alma e a visão da alma, o bom senso, a pureza, o desejar espiritual. O amor pode ser a própria carruagem, o veículo para nos conduzir a uma nova dimensão do ser e proporcionar vislumbres de outros estados de consciência, no próprio ato do amor.

Atualmente poderíamos dizer que Platão sustenta uma união sexual intensa e profunda como a antecipação do êxtase da união com a realidade espiritual divina que está por trás do universo. É a imortalidade do homem simples. É uma manifestação, mesmo que reduzida, da união divina. Por isso, os seres humanos certamente valorizam a experiência do amor e do sexo. Por meio de um amor sexual intenso, cada um de nós experimenta por breves momentos a autotranscendência e a abnegação.
No degrau número sete da escada, essa autotranscendência, que era breve e momentânea, transforma-se no estado natural onde passamos a habitar o tempo inteiro. O "eu" desapareceu no segundo plano. No primeiro plano passaram a brilhar as verdades eternas, o bem e a beleza, entendidos como indissolúveis e evidentes para a alma capaz de vê-los.

fonte: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=4429

Sinto Vergonha de Mim - Ruy Barbosa

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra.


Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez no julgamento da verdade,
a negligencia com a família, célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.


Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar atos criminosos,
a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre "contestar",
voltar atrás e mudar o futuro.


Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos que não quero percorrer...


Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões e do meu cansaço.


Não tenho para onde ir pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.


Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!


De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.

Ruy Barbosa

sábado, 16 de outubro de 2010

Vivendo e Aprendendo - Capital Inicial

Outra história com um outro rosto
Um outro beijo com o mesmo gosto
Era cedo e não podia dar certo
Lá vem um outro dia frio e encoberto
Agora veja o meu estado
Olhando o futuro e prevendo o passado
Como alguém que não sabe o que quer
Mentindo pra todos enquanto puder
Gritar!
Se foi um erro, eu quero errar sempre assim
Gritar!
Se teve um começo, que tenha fim
O tempo virou e me deu as costas
Outra pergunta com a mesma resposta
Os dias são sempre iguais
O mesmo filme em todos canais
Eu quero voar mas tenho medo de altura
O céu azul me dá tontura
Eu caio mas não chego ao chão
Estou certo, mas perdi a razão
Gritar!
Se foi um erro, eu quero errar sempre assim
Gritar!
Se teve um começo, que tenha fim
Vivendo e aprendendo a perder
Vivendo e aprendendo a esquecer
Gritar!
Se foi um erro, eu quero errar sempre assim
Gritar!
Se teve um começo, que tenha fim

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Feliz Dia dos Professores



            O ilustre escritor brasileiro Augusto Cury enumera em seu livro intitulado Pais brilhantes, professores fascinantes, o que ele considera os sete pecados capitais dos educadores.
            O primeiro deles é corrigir o educando publicamente.
            Um educador jamais deveria expor o defeito de uma pessoa, por pior que ele seja, diante dos outros.
            Um educador deve valorizar mais a pessoa que erra do que o erro da pessoa.
           
O segundo é expressar autoridade com agressividade.
            Os educadores que impõem sua autoridade são aqueles que têm receio das suas próprias fragilidades.
            Para que se tenha êxito na educação, é preciso considerar que o diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível.

            O terceiro é ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança.
            Os fracos condenam, os fortes compreendem, os fracos julgam, os fortes perdoam.
Os fracos impõem suas idéias à força, os fortes as expõem com afeto e segurança.

            O quarto é punir quando estiver irado e colocar limites sem dar
explicações.
            A maturidade de uma pessoa é revelada pela forma inteligente com que ela corrige alguém. Jamais coloque limites sem dar explicações.
            Para educar, use primeiro o silêncio e depois as idéias.
Elogie o educando antes de corrigi-lo ou criticá-lo.
            Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-lhe o defeito.
Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.

            Quinto: ser impaciente e desistir de educar.
            É preciso compreender que por trás de cada educando arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto.
            Todos queremos educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram
que testam nossa qualidade de educadores. São os filhos complicados que testam a grandeza do nosso amor.

            O sexto, é não cumprir com a palavra.
            As relações sociais são um contrato assinado no palco da vida.
Não o quebre.
Não dissimule suas reações.
Seja honesto com os educandos.
Cumpra o que prometer.
            A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.

            Sétimo: destruir a esperança e os sonhos.
            A maior falha que os educadores podem cometer é destruir a esperança e os sonhos dos jovens.
            Sem esperança não há estradas, sem sonhos não há motivação para caminhar.
            O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e alegria na alma.


            Você que é pai, professor ou responsável pela educação de alguém, considere que há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem.
            Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo.
            Lembre-se que a educação é a única ferramenta capaz de transformar o mundo para melhor, e que essa ferramenta está nas suas mãos.
            Do seu uso adequado depende o presente e dependerá o futuro.
 O jovem é o presente e a criança é a esperança do porvir.
            Pense nisso e faça valer a pena o seu título de educador.
Eduque.
Construa um mundo melhor.
Plante no solo dos corações infanto-juvenis as flores da esperança.
Com base no livro Pais brilhantes,
professores fascinantes, de Augusto Cury, ed. Sextante.
 
 Oração do Professor
 
Dai-me, Senhor, o dom de ensinar,Dai-me esta graça que vem do amor.
Mas, antes do ensinar, Senhor,
Dai-me o dom de aprender.
Aprender a ensinar
Aprender o amor de ensinar.
Que o meu ensinar seja simples, humano e alegre, como o amor.
De aprender sempre.
Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar.
Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilhe
Que o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade.
Que meus conhecimentos não produzam orgulho,
Mas cresçam e se abasteçam da humildade.
Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas,
Mas animem as faces de quem procura a luz.
Que a minha voz nunca assuste,
Mas seja a pregação da esperança.
Que eu aprenda que quem não me entende
Precisa ainda mais de mim,
E que nunca lhe destine a presunção de ser melhor.
Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender,
Para que eu possa trazer o novo, a esperança,
E não ser um perpetuador das desilusões.
Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprender
Deixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do amor.
Antonio Pedro Schlindwein

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A conduta correta



Em alguns ambientes e setores da sociedade, há uma extrema preocupação com resultados.
Por exemplo, no meio empresarial o foco costuma ser o lucro.
Nas escolas, a obtenção de boas notas.
Em concursos, lograr aprovação.
Não há nada de errado em buscar eficácia no que se faz.
O problema em supervalorizar os resultados é concluir que os fins justificam os meios.
Ou levar esse paradigma para todos os aspectos da existência.
É ótimo quando bons resultados surgem. Mas, em variadas situações, eles não são o aspecto primordial.
Em questões morais, não dá para agir a fim de obter a consequência mais favorável.
Muitas vezes, apesar de um proveito mínimo ou inexistente, é preciso perseverar.
A respeito, convém refletir sobre a passagem Evangélica conhecida como o óbolo da viúva.
Nela, Jesus afirma que duas moedas doadas por uma pobre viúva representavam mais do que os tesouros ofertados por outros mais abastados.
Em uma visão objetiva e mundana, as amplas ofertas dos ricos certamente tinham maior valor.
Mais coisas poderiam ser compradas com elas do que com os centavos saídos das mãos da viúva.
Ocorre que para essa a doação exigiu sacrifício, pois ofereceu o que lhe faria falta.
Extrai-se daí a lição de que a correção da conduta vale por si só.
Pouco importa que os resultados sejam insignificantes, pelos padrões do mundo.
Este ensinamento é muito precioso.
Em questões capitais da vida humana, não dá para agir com base no interesse em atingir determinado fim.
Quem age exclusivamente por interesse, ainda que esse seja bom, é moralmente frágil.
Se a conduta é difícil ou se o resultado demora, esmorece.
Pode ficar tentado a alterar seu comportamento para melhorar a situação.
Já quem se ocupa primordialmente do dever e nele encontra justificativa logra seguir firme.
A dignidade vem do comportamento correto.
Quem consegue manter dignidade em face de situações muito adversas revela grande valor moral.
Sinaliza estar disposto a acumular prejuízos os mais variados, para viver o que julga ser certo.
Imagine-se uma mãe cujo filho seja desequilibrado.
Se ela não entender que seu dever reside em fazer o melhor, pode se sentir uma perdedora e desanimar.
Ela não tem condições de alterar o caráter do filho à força.
Pode educar, exemplificar e confiar na vida.
Mas o filho se modificará em seu ritmo próprio.
Não é o resultado que confere o mérito, mas a dificuldade em manter a reta conduta.
O resultado depende das injunções do mundo e da vontade alheia, sobre as quais não se tem domínio.
Já o controle sobre o próprio comportamento é total.
Pense nisso.
 Redação do Momento Espírita.
Em 13.10.2010.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

C R I A N Ç A
Entre a inocência da infância e a compostura da maturidade,há uma deliciosa criatura chamada criança.
Embora se apresentem em tamanho, pesos e cores sortidos, todas as crianças tem o mesmo credo: aproveitar cada minuto de todas as horas de todos os dias e protestar ruidosamente ( pois o barulho é sua única arma ) quando seu último minuto é decretado e os adultos os empacotam e os colocam na cama.
Crianças são encontradas em toda parte: em cima de, embaixo de, dentro de, subindo em, balançando-se no, correndo em volta de, pulando para...
As mães as adoram, irmãos e irmãs mais velhos assuportam, adultos as ignoram, o céu as protege.
Uma criança é a verdade com o rosto sujo, a beleza com um corte no dedo, a sabedoria com um chiclete no cabelo, a esperança do futuro com uma rã no bolso.
Quando você está ocupado, uma criança é uma conversa fiada, intrometida e amolante.
Quando você deseja que ela cause boa impressão, seu cérebro vira geléia ou ela se transforma numa criatura sádica e selvagem empenhada em destruir o mundo ao seu redor.
Uma criança é um ser híbrido: o apetite de um cavalo, a energia de uma bomba atômica de bolso, a curiosidade de um gato, os pulmões de um ditador, a imaginação de um Julio Verne, o retraimento de uma violeta, o entusiasmo de um bombeiro e quando se mete a fazer alguma coisa é como se tivesse cinco polegares em cada mão.
Gosta de sorvete, canivete, serrote, pedaços de pau, bichos grandes, dos pais, sábados, domingos e feriados e mangueiras d'água.
Não é partidária do catecismo, escola, livros sem figuras, lições de música, colarinhos, barbeiros, agasalhos, adultos e "hora de dormir".
Ninguém se levanta tão cedo , nem chega tão tarde para o jantar.
Ninguém se diverte tanto com árvores, cachorros e mosquitos.
Ninguém é capaz de colocar num só bolso: um canivete enferrujado, uma maçã comida pela metade, um metro e meio de barbante, um saco plástico, dois chicletes, três moedas, um estilingue e fragmentos de substância ignorada.
Uma criança é uma criatura mágica; você pode mantê-la fora de seu escritório, mas não pode expulsá-la de seu coração.
Pode pô-la fora da sala de visitas, mas não pode tirá-la de sua mente.
Queira ou não, ela é seu captor, seu dono, seu patrão, um nanico, um saco de encrencas.
Mas, quando, à noite você chega em casa com suas esperanças e seus sonhos reduzidos a pedaços, ela possui a magia de soldá-los num segundo, pronunciando duas simples palavras: "alô papai, alô mamãe"....
( autor desconhecido)
FELIZ DIA DA CRIANÇA!!!!!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Conflito - Fagner

Ah, meu coração que não entende
O compasso do meu pensamento
E o pensamento se protege
E o coração se entrega inteiro e sem razão
Se o pensamento foge dela o coração a busca aflito
E o corpo todo sai tremendo, massacrado e ferido no conflito
 

domingo, 10 de outubro de 2010

Noites Traiçoeiras - Padre Marcelo Rossi

Deus está aqui neste momento
Sua presença é real em meu viver
Entregue sua vida e seus problemas
Fale com Deus, Ele vai ajudar você.
Ôôôô
Deus te trouxe aqui
Para aliviar o seu sofrimento
Ôôôô
É Ele o autor da Fé
Do princípio ao fim
De todos os seus tormentos
(refrão)
E ainda se vier, noites traiçoeiras
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo
O mundo pode até
Fazer você chorar
Mas Deus te quer sorrindo (bis)
Seja qual for o seu problema
Fale com Deus, Ele vai ajudar você
Após a dor vem a alegria
Pois Deus é amor e não te deixará sofrer
Ôôôô
Deus te trouxe aqui
Para aliviar o seu sofrimento
É Ele o autor da Fé
Do princípio ao fim
De todos os seus tormentos
(refrão)
E ainda se vier, noites traiçoeiras
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo
O mundo pode até
Fazer você chorar
Mas Deus te quer sorrindo

Único Olhar - Jota Quest

Então me coloco a sua frente
Vai descobrir minhas verdades
Em um único olhar, olhar
Decifrar os meus segredos
Para tentar me comparar
Ao seu último amor, último amor

Eu nem vou perguntar
Não vou olhar pra trás
Quer vir comigo, amor?
Tem que compartilhar
Todas as emoções
E abrir o coração
Pra vida acontecer

Espero que o amanhã não seja apenas
Mais um passado em sua agenda
Com frases prontas pra fugir
Sempre de um louco amor
Já é hora de assumir
Os sentimentos mais sinceros
Despir regras e vergonhas
Monotonias jamais! Jamais!

Eu nem vou perguntar
Não vou olhar pra trás
Quer vir comigo, amor?
Tem que compartilhar
Todas as emoções
E abrir o coração
Pra gente ser feliz
Ser feliz!!!


 

sábado, 9 de outubro de 2010

Apaixone-se ( Caio Amaral )



Apaixone-se mais pela viagem...
do que pela chegada ao destino,

a primeira opção é mais garantida.
Apaixone-se pelo seu corpo...
mesmo que ele esteja fora de forma,
pois de "qualquer forma"
ele é a única casa
que você realmente possue.

Apaixone-se pelas suas memórias...
todas são deliciosas e
ninguém pode tirá-las de tí,
além de serem excelentes fontes
de inspiração nos momentos de dor.

Apaixone-se pelas pessoas...
que estão ao seu lado pois,
na caminhada do dia-a-dia,
a pessoa certa é aquela que está
definitivamente ao seu lado.

Apaixone-se pelo sol...
ele é fiel, gratuito,
absolutamente disponível...
e te inunda de prazer.

Apaixone-se por alguém...
não espere alguém apaixonar-se
por você só por garantia e segurança.

Apaixone-se pelo seu projeto de vida...
Acredite!
A vida é única e só a tí pertence.

Apaixone-se pela dança da vida...
que está sempre em movimento
dentro da gente, mas que por
defesa teimamos por aprisiona-la

Apaixone-se mais pelo significado
das coisas que você conquistar

do que pelo seu valor material.
Apaixone-se por suas idéias...
mesmo que venha julgar
que elas para nada servem


Apaixone-se por seus pontos fortes...
mesmo que os pontos fracos insistam
em ficar em alto relevo no seu cérebro.

Apaixone-se pela idéia...
de ser verdadeiramente feliz;
a felicidade encontra-se de sobra
nas prateleiras de seus recursos interiores.

Apaixone-se pela música...
que você pode ser para alguém...

Apaixone-se pelo fato de ser humano!
Apaixone-se definitivamente por você!

Apaixone-se por alguém...
O amor e a paixão nos fortalece,
eleva a nossa auto estima,
a nossa vontade de viver
e a de ser muito mais feliz.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A honra


Conta-se que um promotor público, nomeado para uma cidade interiorana do Sul do Brasil, ali chegou jovem e entusiasta.
Conhecedor da lei, amante da ordem e do direito, se propôs a realizar o melhor, naquela localidade.
Um dos primeiros casos que lhe chegou às mãos foi o de um homem que, em plena praça, à vista de vários cidadãos, descarregara todas as balas do seu revólver em sua esposa.
Fora um crime bárbaro, cruel, presenciado por muitos. O jovem promotor estudou o caso e, com tranquilidade, se propôs a fazer a acusação daquele réu.
Para ele, não havia dúvidas. Tratava-se de um crime bárbaro. O homem, tomado de ciúmes, pois descobrira que a esposa o traíra, a matara de forma fria, premeditada.
Havia muitas testemunhas. O fato era notório. Não havia erro. Aquele homem seria condenado.
Contudo, no transcurso do processo, foi se tomando de surpresa o promotor.
O advogado do réu apresentou sua defesa baseado em que ele não deveria ser julgado culpado pois, afinal, fora brutalmente ofendido em sua honra.
A surpresa foi maior ainda quando o júri chegou ao veredito de inocente. Entenderam os jurados daquela cidade que o homem traído mais não fizera do que lavar a sua honra. E honra se lava com sangue.
Não se tratava de uma questão de direito, de certo e de errado, mas de como aquela gente entendia que tudo deveria ser resolvido.
E, no caso, somente a morte poderia lavar a honra daquele cidadão.
*   *   *
Em várias localidades, em nosso país e no mundo, muitos ainda acreditam que a honra se lava com sangue.
Quando ouvimos relatos de fatos semelhantes, aqui e ali, tentando justificar atos de violência, ficamos chocados.
Compete-nos refletir e pesar nossos valores.
Recordamos que, certa feita, Moandas Gandhi, o líder pacifista da Índia, foi esbofeteado em pleno rosto.
O golpe fora tão rude que ele caíra. Levantou-se, limpou a poeira da roupa e, sereno, continuou o seu caminho.
Uma jornalista londrina teve oportunidade de lhe perguntar:
Senhor, o senhor não vai revidar?
Por que deveria? – Perguntou, tranquilo.
Mas, senhor, ele lhe esbofeteou a face. Feriu a sua honra.
Gandhi a olhou, profundamente, nos olhos e respondeu:
Minha jovem, minha honra não está no rosto.
Sim, sua honra como a de todos nós, não está no rosto. A honra está na alma e essa ninguém a pode remover, senão nós mesmos.
Manchamos nossa honra de filhos de Deus quando nos permitimos revidar agressões, descer ao nível do agressor.
Dilapidamos nossa honra quando nos permitimos compactuar com a mentira, com a corrupção, com o crime de qualquer nível.
Pensemos nisso e nos mantenhamos no bem, no caminho do reto dever, mesmo que as circunstâncias pareçam contra nós.
Recordemos a exortação do Divino Pastor: Quem perseverar até o fim, este será salvo!
Perseveremos no bem, conservando a honra inigualável de filhos de Deus.

Redação do Momento Espírita, com base em fato narrado
 por Sandra Della Pola, em palestra proferida no Teatro da
 Federação Espírita do Paraná, no dia 11 de julho de 2010.
Em 27.09.2010.