segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nossa Casa



Um velho carpinteiro estava em vias de se aposentar. Chegou ao seu superior e informou a decisão. Os anos lhe pesavam muito e ele desejava uma vida mais calma.
Queria descansar um pouco, estar mais com a família, despreocupar-se de horários e rígidas disciplinas que o trabalho lhe impunha.
Porque fosse um excelente funcionário, seu chefe se entristeceu. Perderia um colaborador precioso.
Como última tarefa, antes de deixar seu posto de tantos anos, o chefe lhe pediu que construísse uma casa. Era um favor especial que ele pedia.
O carpinteiro consentiu. À medida que as paredes iam subindo, as peças sendo delineadas, o acabamento sendo feito, podia se perceber à distância que os pensamentos e o coração do servidor não estavam ali.
Ele não se empenhou no trabalho. Não se preocupou na seleção da matéria-prima, de forma que as portas, janelas e o teto apresentavam sérios defeitos.
Como também não teve cuidado com a mão de obra, a casa tomou um aspecto lamentável. Foi uma maneira bem  desagradável dele encerrar a sua carreira.
Surpresa maior foi quando o chefe veio inspecionar a obra terminada. Olhou e pareceu não ficar satisfeito. Aquele não era um trabalho do seu melhor carpinteiro.
No entanto, tomou as chaves da casa e as entregou ao carpinteiro.
Esta casa é sua. É meu presente para você, por tantos anos de dedicação em minha empresa.
Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que a casa seria sua, teria caprichado. Teria buscado os melhores materiais. O acabamento teria merecido atenção especial.
Mas agora ele iria morar naquela casa tão mal feita.
Assim acontece conosco. Construímos nossas vidas de maneira distraída e descuidada.
Esquecemos de levantar paredes sólidas de afeto que nos garantirão o abrigo na hora da adversidade. Não providenciamos teto seguro de honradez para os dias do infortúnio.
Não nos preocupamos com detalhes pequenos como gentileza, delicadeza, atenções que demonstrem interesse para com os demais.
Pensemos em nós como um carpinteiro. Pensemos em nossa casa. Cada dia martelamos um prego novo, colocamos uma armação, estendemos vigas, levantamos paredes.
Construamos com sabedoria nossa vida. Porque a nossa vida de hoje é o resultado das nossas atitudes e escolhas feitas no ontem. Tanto quanto nossa vida do amanhã será o resultado das atitudes e escolhas que fizermos hoje.
E se nos sentirmos falharem as forças, recordemos a advertência que se encontra no capítulo primeiro da epístola de Tiago,  versículo 5: Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus. Ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos.
*   *   *
Tudo que realizes, faze-o com alegria.
Coloca estrelas de esperança no céu de tua vida e alegra-te pela oportunidade evolutiva.
A alegria que é resultado de uma conduta digna, é geradora de saúde e bem-estar.
E toda alegria resulta de uma visão positiva da vida, que se enriquece de inestimáveis tesouros de paz interior.
O teu amanhã será de luz se hoje semeares bom ânimo, o bem e a amizade.

Redação do Momento Espírita, com base em conto da Gazeta cristã, ano III, de novembro de 1999 e no cap. 40, do livro Episódios diários, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 27.01.2011.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

 
Está mais que comprovado que a felicidade do ser humano tem muito a ver com a vida sexual. Grenville-Cleaves e Boniwell (A fórmula da felicidade) nos ensina que o sexo é fundamental nos relacionamos humanos positivos por três razões:
“(a) a sensação de intimidade com alguém amado, desejado e respeitado satisfaz a nossa necessidade de nos sentirmos próximos dos outros;
(b) Quando ambos os parceiros podem falar abertamente um com o outro dos seus desejos sexuais e acordar quanto ao que fazer na cama, preenche-se a sua necessidade de sentir que as suas actividades (sic) são escolhidas e apoiadas;
(c) Apesar do aparente mistério que o envolve, o sexo representa uma competência como qualquer outra; quanto mais a praticarmos [e, se possível, pelas manhãs], mais fluentes ficaremos, e assim preencheremos a nossa necessidade de nos sentirmos competentes”.
www.blogdolfg.com.br

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

DESEJO X AMOR

Desejo é vontade de provar, explorar, é a sedução com a promessa de conhecer o inexplorado, é um impulso que incita a despir a integridade da pessoa desejada.

Depois do desejo satisfeito, impreterivelmente vem o vazio, vem a dissolvição do próprio desejo. Portanto, o desejo desde seu nascimento é contaminado pela vontade de morrer. Relacionando com a ciência, o desejo é um impulso centrípeto, que degusta o ser desejado para depois se autodestruir.

O amor é, à vontade de cuidar, de preservar a pessoa amada. Um impulso centrífugo, um impulso de expandir-se, ir além, alcançar o inatingível.

O amor é absorver, assimilar o eu e você.
http://complexogel.blogspot.com/

Amar é contribuir para o crescimento individual e coletivo do mundo.

No amor, o eu é, pedaço por pedaço, transplantado para a pessoa amada. O eu que ama se expande doando-se totalmente a pessoas amada.

Amar é sentir que cada átomo de você mesmo vive no corpo da sua amada.

Amar é saber que se sua amada não fosse nada, você certamente seria ninguém.

Amar é querer proteger, abrigar, acariciar, mimar. Significa estar a serviço, colocar-se à disposição.

Desejo e amor encontram-se em campos opostos. O amor quer possuir. O desejo quer esquivar-se das garras do amor.

O amor é uma rede lançada sobre a eternidade.

O desejo é simplesmente desfrutar o momento.

Se o desejo quer provar, o amor quer perpetuar.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Alguém para amar



O mundo está cheio de queixas. De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas. Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.
O mundo está cheio de carências. Carências afetivas. Carências materiais.
Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:
Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água. Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha. Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.
Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária. Sua preocupação era em primeiro lugar com os outros.
Todos representavam para ela o próprio Cristo. Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.
Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.
Honrada com o Prêmio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos da romagem terrestre. Tudo o que lhe importava eram os seus pobres. E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.
Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude. E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.
Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.
*   *   *
O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO. Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, porém sempre reconfortante e luminoso, desde que possa ser útil de verdade.
Almas que não esperem nada do beneficiado, por suas mãos socorrido, a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.
Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.
Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: É melhor amar do que ser amado.

Redação do Momento Espírita,com base no cap. 20 do livro Vida e mensagem, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no poema de Madre Teresa de Calcutá, intitulado Dai-me alguém para amar.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.
Em 20.01.2011.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mensagem


Desentendimentos são dores.
Uns causam dores maiores, outros menores.
Mas, todos sofrem mudança, dependendo da forma como você os trata.
Diz velho ditado que a palavra branda a ira aquebranta.
No momento de desavença, se põe a sua prancha
na onda do ódio, esta, por ser indisciplinada e traiçoeira,
leva você de encontro ao rochedo da dor.
Mas, se a coloca na do amor, que é disciplinada
e mansa, você chega à praia da paz.
É difícil isso?
Nem sempre, se você se domina e põe o
pensamento acima da zona de choque.
O desentendimento só existe onde amor não há.

Lourival Lopes

Fermento da vida

A alegria é o verdadeiro fermento da alma,
é o renovar de esperanças em cada novo dia,
é o preparo ideal para as tormentas,
o suporte para os problemas que virão,
armadura definitiva contra o desamor,
incentivo natural para os que querem desistir,
a alegria é uma oração viva de agradecimento.

A alegria é o ingrediente que falta,
é o que dá liga no grande bolo da vida.
Não se perca em busca de cargos e posições,
nem se deixe levar pelo brilho fácil da "pirita":
tem brilho de ouro, cor de ouro, mas não é ouro.
O verdadeiro tesouro é o contentamento, é a alegria.

Por isso, alegre-se!
Há tanto para comemorar, há vida para se viver,
um dia para se vencer, uma noite para amar.
É um novo tempo, tempo de recomeçar sonhos,
de levar adiante os velhos projetos,
de perceber que a alegria esta ai dentro,
no seu interior, está disponível para ser usada.

Não deixe que roubem a sua alegria,
distribua sorrisos, gentilezas, certezas,
que a sua palavra seja doce, seus gestos suaves,
e a vida vai sorrir para você.

Esta é a lei do retorno: basta você sorrir,
e o outro já começa a rir.
A alegria é contagiante, e quanto mais se espalha,
maior é a presença do Sagrado em nós.
A alegria é divina.

Paulo Roberto Gaefke