domingo, 24 de abril de 2011

Presente sem Preço


Quando recebemos um convite para um aniversário, um casamento, a primeira preocupação, quase sempre, é: Como presentearei? O que oferecerei como presente?
E ficamos a cogitar o que será mais adequado, mais bonito, mais precioso, mais agradável.
Assim, consultamos catálogos, sites, visitamos lojas, verificamos preços. Afinal, o presente deve ser muito bom, mas deve caber no nosso orçamento.
Será que a pessoa apreciará o que escolhemos? Estará do seu gosto?
É sempre um grande dilema. Uma coisa é certa: não importa o tipo, o tamanho, a qualidade do presente. O mais importante é a intenção de quem dá e a gratidão de quem recebe.
Assim aconteceu com Rita. Ela estava envolvida nos preparativos do casamento da filha. Eram tantas providências: o salão para a festa, a decoração, os músicos, o cerimonial, o bolo, as bebidas...
Dois dias antes do casamento, ela estava revendo detalhes no salão onde seriam recepcionados os convidados, quando viu um senhor espreitando à porta.
Ela o cumprimentou e logo percebeu que era um solitário desejando conversar.  Ele contou que, em criança, sofrera um acidente, batera com a cabeça e por isso, passara sua vida num asilo.
Encontrava-se, por um período, em casa de um irmão e estava passeando antes do jantar. Quis saber o que é que iria acontecer no salão e, ante a notícia do casamento, perguntou se poderia vir dar uma espiada na festa.
Rita o convidou para a recepção.
Chegou o grande dia. No salão, a cerimônia, a música, o corte do bolo da noiva, risos, danças.
Então, alguém veio dizer a Rita que um cavalheiro estava na entrada e desejava lhe falar.
Era o homem solitário. Estava impecavelmente arrumado, mas tímido. Não desejou entrar. Rita foi buscar um pedaço do bolo da noiva e lho entregou.
Ele ficou comovido e lhe deu um presente: É para a noiva, disse com orgulho.
Tratava-se de um pacote pequeno, mal embrulhado com papel pardo, atado com um barbante.
Ele se foi e Rita colocou o presente junto a outros tantos.
Após a recepção, já em casa, ela principiou a anotar, com detalhes, cada um dos presentes e quem o tinha oferecido.
Quando chegou no pequeno embrulho, o abriu. Era uma pequena leiteira branca, de louça, dessas bem simples, que se usam em hospitais e em asilos.
Então Rita chorou. Chorou pela felicidade da sua filha e pela solidão daquele homem, que passara a maior parte da sua vida numa casa para doentes mentais.
Chorou pelo gesto de amor daquele estranho. E, na lista, escreveu: Uma leiterinha – Sr. Fulano, Asilo Tal.
Mais tarde, quando sua filha arrumou a casa, dispôs os presentes, colocou a leiterinha em destaque, no meio de outras lindas peças de prata.
Ela se comovera com a dádiva daquele homem. Era um presente especial, de um mundo solitário para um outro de esperança.
Um testemunho de amor de uma vida para outra.
*   *   *
Feliz é quem sabe ser grato ao que recebe, com a certeza de que a alma que o escolheu, comprou, embrulhou e lhe ofereceu, impregnou aquele objeto com toda sua afeição.
Por isso, todo presente é sempre muito especial. Ele é mensageiro do afeto de alguém. Muito próximo de nós ou simples conhecido, esse alguém despendeu seus pensamentos, seu tempo para nos agraciar com um mimo.
Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo Testemunho de amor, de Rita Du Tot, de Seleções Reader’s Digest, de dezembro de 1982.
Em 20.04.2011.

quinta-feira, 14 de abril de 2011



Levante a cabeça.

As dificuldades parecem esmagar você. Dão-lhe a
impressão de que não vale a pena lutar, porque será
vencido. Daí a aflição, o abatimento, a tristeza.

Mas, perceba sua real situação. Os problemas somente
são grandes porque você ficou pequeno, acabrunhado,
reduzido.

Reaja.

Lute. Trabalhe. Enfrente.

A cada levantamento de suas forças,
Deus lhe mostrará uma situação melhorada.

Lourival Lopes

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mensagem do Dia:


FACES DO AMOR

O amor tem muitas faces. As faces que vemos mais freqüentemente são aquelas da paixão e do romance. Nós falamos em estar apaixonados e sentimos, também, aquele friozinho na barriga como se estivéssemos em queda livre. Mas a face de amor que eu mais aprecio não é aquela romântica, mas sim a face da devoção.

Eu vejo isto naquele casal à mesa para o jantar tendo mais uma discordância. Para assombro das crianças, o pai salta da cadeira, agarra duas folhas de papel, e diz para sua esposa,
- Vamos fazer uma lista de tudo aquilo que não gostamos no outro.

Ela concordou e começou a escrever. Ele, enquanto isso, sentado e carrancudo.
Ela olha para cima, pensativa e ele começa a escrever.
Enquanto ela continua listando reclamações, ele olha fixamente para ela.
Novamente, enquanto ela olha pensativa para cima ele se põe a escrever no papel.
Ele pára para observá-la, e todas as vezes em que capta seu olhar, ele novamente se põe a escrever.

Finalmente terminam.
- Vamos trocar as reclamações, ele disse. E entregam, um ao outro, as suas listas.

Ela dá uma olhada em sua folha e suplica,
- Dê a minha de volta!

Em toda a sua folha ele tinha escrito: "Eu te amo, eu te amo, eu te amo".
Suas crianças sempre se lembrarão daquele momento com humor e carinho.

Tanto quanto aprecio o romance, é de uma devoção decidida que eu mais preciso. Eu gosto daquele amor que diz,
- Estarei contigo para o que der e vier!

É uma face do amor que pode ser freqüentemente vista entre pais e entre avós, entre muitos cônjuges, e até entre bons amigos.

E é nesta face que, quando eu olho atentamente e perto o suficiente, que eu posso ver a face de Deus.

Se você não observou esta face do amor ultimamente, olhe bem de pertinho. Você ficará surpreso quando a encontrar!

Tradução SergioBarros
Desconheço o autor